sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Marcada; Traída; Escolhida (Kristin Cast e P.C. Cast)

Penso que todos os leitores que gostaram da saga Luz e Escuridão acabarão por encontrar na saga Casa da Noite uma nova história que muito os atrairá.
Ao fim dos primeiros três livros da série torna-se evidente que esta recupera algumas das melhores características dos livros de Meyer, mas também apresenta uma personalidade própria.
Desde logo, este livro escapa mais rapidamente a uma classificação de "obra adolescente", embora seja uma mistura perfeita entre as qualidades de Crepúsculo e os livros do Harry Potter.
Mas consegue ao mesmo tempo ser mais profundo e sobretudo mais sensual, características que se diriam adultas nos livros deste género.
Entre aquilo que distingue esta saga, gosto particularmente do facto da personagem principal não ser totalmente boa.
Na verdade, ela comete uma grande quantidade de erros e erros graves, o que, por
vezes, até torna difícil sentirmos empatia por ela. O exemplo mais claro será a falta de escrúpulos de Zoey em manter três namorados.
Também gosto do facto dos personagens desta história nunca serem exactamente aquilo que parecem e conseguirem muitas vezes surpreender-nos pelas suas atitudes, o que resulta numa boa sequência de reviravoltas impressionantes e emocionantes na história.
Só resta dizer que a saga tem vindo a melhorar rapidamente, com o terceiro livro a ser ainda melhor que segundo e este melhor do que já tinha sido o primeiro.
A apontar um único defeito que o mais recente livro tem para mim é não ser mais longo, para nos dar ainda um pouco mais…
Um defeito porque, afinal, deixa uma vontade imensa de ler, já de seguida, mais umas dezenas de páginas e não ter de esperar pelo quarto volume.


Autores: Kristin Cast e P.C. Cast


Editora: Saída de Emergência


Páginas: 312


Género: Fantasia







Autores: Kristin Cast e P.C. Cast


Editora: Saída de Emergência


Páginas: 332


Género: Fantasia







Autores: Kristin Cast e P.C. Cast


Editora: Saída de Emergência


Páginas: 384


Género: Fantasia

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

A Cabana (Wm. Paul Young)


Talvez eu não seja a pessoa ideal para falar deste livro. Não sou uma pessoa religiosa e certamente duvido mais do que acredito na existência de Deus.
Quando me interesso por este tema, é pelo simples gosto e curiosidade acerca da mitologia de seja qual for a religião.
No entanto, será também por isso que consigo olhar com algum distanciamento para este livro.
Primeiro que tudo, é preciso dizer que classificar este livro é uma tarefa difícil, por simplesmente ser diferente de tudo o que já li.
O livro está escrito num formato que nos faz pensar que não se trata de uma ficção, mas de um testemunho verídico, tanto que acabou por levar-me a pesquisar sobre a narradora para saber se a história era ou não supostamente baseada em factos reais, o que não é o caso.
A história é curiosa ao dar-nos uma visão única e muito contrária àquela tradicional que se tem de Deus.
Qual de nós imagina Deus como uma mulher corpulenta que adora cozinhar? Ou o Espírito Santo como uma oriental que é uma hábil jardineira?
O autor de facto merece o mérito de nos confrontar com uma renovada visão da divindade, certamente mais completa e mais agradável que o Deus punidor e rigoroso em que muitas pessoas acreditam.
E isso, quer queiramos, quer não, leva-nos a reflectir: se Deus existir, será que é
como nos diz a Bíblia e/ou os padres, ou será na realidade mais parecido com o que relata este livro e, extrapolando, com aquilo que cada pessoa quer imaginar como Deus?
Ainda assim, a minha parte preferida do livro não foi a parte central do encontro do personagem principal com Deus, mas a história do assassinato da menina, que está bastante bem escrita dando ao livro um certo mistério e quebrando por vezes um pouco a monotonia de alguns dos princípios morais expressos no livro.




Autor: Wm. Paul Young


Editora: Porto Editora


Número de páginas: 248


Género: Ficção

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Raparigas de Xangai (Lisa See)


Quando comecei este livro, estava confiante de que ia gostar, porque há muito que me fascinam as histórias sobre o Oriente, pois guardam sempre algo de exótico e misterioso.
No entanto em momento algum pensei que ia adorar, tal como rapidamente aconteceu, o que me fez ler o livro de rajada.
A história tem, de facto, a sua parte exótica, mas o que me impressionou foi a sua dimensão humana. Por um lado, é a história do crescimento de duas jovens privilegiadas que, de repente, se vêem sem nada e são obrigadas e encarar um nova vida nos EUA, no início e meados do século XX.
A história não é verídica, mas baseia-se em factos reais do sofrimento dos imigrantes chineses nessa época.
Somos deparados com uma realidade completamente diferente da que estamos à espera, porque, naquela época, os EUA não eram um país de sonhos e tolerância como a estava instituído no imaginário dos que lá chegavam, mas antes extremamente duro e intolerante para os chineses.
A par disto, decorre a história das duas irmãs que são obrigadas a aprender a ser adultas, nas circunstâncias mais difíceis.
A mais velha, de facto, torna-se madura, tolerante e sábia, mas a mais nova permanece imatura e egoísta.
Devido a essas diferenças, este romance revela-se uma historia de amor emocionante e singela entre duas irmãs.
Quem gosta de um romance rico em detalhes e emoção, não deve perder Raparigas de Xangai, pois tal como eu arrisca-se a tornar-se fã da escritora.



Autora: Lisa See


Editora: Bizâncio


N.º de páginas: 352


Género: Romance