terça-feira, 29 de maio de 2012

Destaques Esfera dos Livros

Visões do Passado e do Presente marcaram o mês de Maio da Esfera dos Livros. Fiquem com todos os títulos que a editora lançou.


D. Maria II (Isabel Stilwell)
Com apenas 7 anos, Maria da Glória torna-se rainha de Portugal. Um país do outro lado do oceano que nunca havia pisado. A sua infância foi vivida no Brasil, entre o calor e os papagaios coloridos que admirava na companhia dos seus irmãos e da sua adorada mãe, D. Leopoldina. A ensombrar esta felicidade apenas Domitília, a amante do seu pai, imperador do Brasil e D. Pedro IV de Portugal. Em 1828 parte rumo a Viena para ser educada na corte dos avós. Para trás deixa a mãe sepultada, os seus adorados irmãos e a marquesa de Aguiar, sua amiga e protetora. Traída pelo seu tio D. Miguel, que se declara rei de Portugal, e a quem estava prometida em casamento, D. Maria acaba por desembarcar em Londres onde conhece Vitória, a herdeira da coroa de Inglaterra a quem ficará para sempre ligada por uma estreita relação de amizade. Aos 15 anos, finda a guerra civil, D. Maria pisa pela primeira vez o solo do seu país. Seria uma boa rainha para aquela gente que a acolhia em festa e uma mulher feliz, mais feliz do que a sua querida mãe. Fracassada a sua união com o tio, agora exilado, casa-se com Augusto de Beauharnais que um ano depois morre de difteria. Maria era teimosa, não desistia assim tão facilmente da sua felicidade e encontra-a junto de D. Fernando de Saxo-Coburgo-Gotha, pai dos seus onze filhos, quatro deles mortos à nascença.




Histórias bizarras de um mundo absurdo (João Ferreira)
A história de Portugal e do mundo está cheia de episódios fantásticos, brutais, manhosos, picantes ou mesmo bizarros, capazes de atrair as atenções e de ajudar a perceber como nos tornámos – nós e os nossos sete mil milhões de vizinhos – naquilo que somos. Depois do sucesso de Histórias Rocambolescas da História de Portugal, em 8.ª edição, o jornalista João Ferreira regressa à escrita para nos contar estas histórias surpreendentes. Reis, tiranos, traidores, bandidos e espiões, gente de carne e osso que foi protagonista de alguns episódios decisivos no curso da história de Portugal e da humanidade. Ao longo destas páginas, ficamos a conhecer como foi traçado o caminho marítimo para a Índia graças à intervenção de espiões ao serviço de D. João II, como foram forjadas falsificações odiosas por si mesmas e pelas atrocidades a que deram origem, como os venenosos Protocolos dos Sábios de Sião, e outras mais inofensivas mas espetaculares, como o caso dos falsos diários de Hitler; desmontam-se mitos como a Papisa Joana ou os que foram construídos à volta de D. Afonso Henriques; contam-se mortes misteriosas, como a de Sá Carneiro; fala-se de enigmas que, ao longo dos séculos, têm fascinado a humanidade, como as pirâmides do Egito.





O Banco (Marc Roche)
«Eu faço o trabalho de Deus.» Mesmo que seja suposto ser uma piada, esta frase do diretor-executivo do Goldman Sachs, Lloyd Blankfein, resume a sede de poder de O Banco: a firma que dirige o mundo no maior secretismo. Por detrás de uma lei do silêncio que nunca alguém ousou quebrar desde a sua fundação em 1868, o Goldman, ou GS, como se diz em Wall Street ou na City londrina – as duas grandes praças financeiras mundiais – pode realmente dominar o planeta? E se a resposta é «sim»… Como? A crise económica que começou no outono de 2008 atirou o Goldman Sachs, para as primeiras páginas dos jornais. O banco está em todo o lado: a falência do banco Lehman Brothers, a crise grega, a queda do euro, a resistência da finança a toda a regulação, o financiamento dos défices e até a maré negra do golfo do México. Sabia que o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, foi vice-presidente do Goldman Sachs International para a Europa entre 2002 e 2005. Ele era o «sócio» encarregado das «empresas e países soberanos», o departamento que tinha, pouco antes da sua chegada, ajudado a Grécia a maquilhar as suas contas graças ao produto financeiro «swap» sobre a dívida soberana. Que António Borges, dirigente da GS entre 2000 e 2008, foi diretor do Fundo Monetário Internacional, em 2010, funções que o levaram a supervisionar alguns dos maiores empréstimos da história da instituição: à Grécia e à Irlanda. Sabia que o atual presidente do Conselho italiano, Mario Monti, foi consultor internacional do Goldman de 2005 até à sua nomeação para a chefia do governo italiano.




Portugueses no holocausto (Esther Mucznik)
Baruch Leão Lopes de Laguna, um dos grandes pintores da escola holandesa do século XIX, judeu de origem portuguesa, morreu em 1943 no campo de concentração de Auschwitz. Não foi o único, com ele desapareceram 4 mil judeus de origem portuguesa na Holanda, que acabaram nas câmaras de gás. No memorial do campo de Bergen-Belsen consta o nome de 21 portugueses deportados de Salónica, entre estes Porper Colomar e Richard Lopes que não sobreviveram. Em França, José Brito Mendes arrisca a sua vida, escondendo a pequena Cecile, cujos pais judeus são deportados para os campos da morte. Uma história de coragem e humanismo no meio da atrocidade. Em Viena, a infanta Maria Adelaide de Bragança também não ficou indiferente ao sofrimento, e não hesitou em ajudar a resistência nomeadamente no cuidado dos feridos, no transporte de armas e mantimentos, tendo sido presa pela Gestapo. Esther Mucznik traz-nos um livro absolutamente original, baseado numa investigação profunda e cuidada em que nos conta a história que faltava contar sobre a posição de Portugal durante a Segunda Guerra Mundial.




Um Jardim para Cuidar (Teresa Chambel)

Cuidar do seu jardim é um verdadeiro prazer. Quer se trate de uma pequena varanda num prédio no meio da cidade, de um bonito terraço com vista para o mar ou de um quintal com alguns bons metros quadrados. Teresa Chambel, arquiteta paisagista, formadora em cursos de jardinagem e uma verdadeira apaixonada pela natureza, explica-nos tudo o que precisamos de saber para cuidar das nossas plantas.

- Que material devo comprar? Preciso de luvas, 

de pás e enxadas? 

- É preferível colocar relva em tapete ou plantar 

relva? 

- Para tapar a vista do meu jardim e ganhar alguma privacidade gostava de plantas arbustos, quais são os mais indicados?

- A minha varanda apanha muito sol e morre tudo o que lá ponho, o que faço? Só me apetece desistir…

- O que é que eu fiz de errado para a minha 

violeta morrer ao fim de poucas semanas? 

- Em que época do ano eu devo plantar a minha 

horta? 

- Quando devo regar as minhas plantas? Todos os dias?

- No Inverno mas vale desistir de jardinar, não é?

- Tenho uma pequena varanda, mas adorava plantar ervas aromáticas, como posso fazer? 

Com ilustrações passo-a-passo de como podar, cortar ramos, colocar terra e substrato num vaso, entre outras técnicas, e imagens das plantas mais utilizadas, este guia completo responde a estas e outras perguntas de forma clara e prática. 









A crise explicada às crianças (João Miguel Tavares)

Numa altura em que só se fala em crise, crise e mais crise, quem explica às crianças o que é essa coisa que a todos nos aflige? Este livro explica. E explica de acordo com a ideologia favorita de cada leitor: se prefere as justificações defendidas pela esquerda começa a ler o livro por um lado, se prefere as justificações defendidas pela direita começa a ler o livro por outro.

Os protagonistas são os mesmos dos dois lados – um urso gordo (o défice) e um enxame de abelhas furiosas (os mercados) –, mas as explicações para o estado a que o país chegou mudam bastante consoante o ponto de vista favorito do leitor e o sentido da sua leitura.

Escrito por João Miguel Tavares (autor de Os Homens Precisam de Mimo, membro do Governo Sombra e colunista do Correio da Manhã) e ilustrado por Nuno Saraiva (co-autor de Filosofia de Ponta e um dos mais prestigiados ilustradores portugueses), A Crise Explicada às Crianças é o livro que Vítor Gaspar gostaria de ter escrito para ler aos seus filhos antes de os pôr na cama.

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